segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Aquilo Que Sei Que Sou!

Sou alguém que tem muitos medos.
O maior deles eu diria que é das mariposas.
Sou alguém que é feliz de um jeito torto e errado, que muitos não entendem. Contudo, já me acostumei com as criticas e de certa forma sempre lido bem com elas, depois de muito refleti-las, é claro!
Sou do tipo que tem opinião própria, apesar de parecer muito ingênua e influenciável.
Não gosto de gente chata e que reclama demais.
Também não aprecio mentiras. Depois de muito sofrer por ter mentido, aprendi que não vale à pena esconder a verdade, mesmo que essa possa machucar.
Traições são imperdoáveis, não importa a causa ou a origem. (Amigos, parentes, casos, namorados, colegas, conhecidos, etc).
Aprecio o respeito a mim, e de minha parte para com os outros.
Odeio atraso, perguntas idiotas e ser contrariada. (Sim, eu sou um "pouco" mimada. É o mal de ser filho único).
Gosto de manipular as pessoas. Se puder moldá-las ao meu modo tudo fica perfeito.
Sou perfeccionista, critica, exigente, um pouco egoísta, cautelosa, muito tímida, generosa e companheira.
Eu me apego muito fácil. Não faz cara de bebê abandonado pra mim que sou capaz de querer adotar.
Eu trato meus gatinhos como bebês.
Sou muito manhosa, do tipo que muda a voz e tudo mais.
Sou apaixonada.
Tenho pavio curto para gente sem noção.
Se não estiver "de bem" com alguém não sou falsa a ponto de ficar bajulando a pessoa.
Eu não sei ser falsa.
Me dói fingir que está tudo bem quando na verdade não está.
Eu sou ciumenta. Sou um "chiclete" e se pudesse nunca sairia de perto das pessoas que gosto.
Meu pai é minha fortaleza. (Muitos já me perguntaram se eu não tenho mãe. Tenho sim, mas às vezes esqueço-me de mencioná-la, tamanha a minha empolgação quando o assunto é meu pai).
Eu amo muito a Lulinha, do meu jeito errado de amar, mas ainda assim não deixo de fazê-lo.
Eu vivo dizendo pra todo mundo que sou muito chata. Na verdade eu fico testando a paciência das pessoas e é claro sempre quero ouvi-las dizer que eu não sou.
Eu tenho um sorriso bobo na cara quando tenho alguma idéia brilhante.
Eu acredito em anjos.
Odeio admitir isso, mas eu choro fácil. (Quando estou irritada, decepcionada, de tanto rir, quando me lembro do passado, quando alguém briga comigo, quando me emociono, quando me despeço de alguém querido, quando estou com raiva).
Minha cor favorita é azul. Meu dia preferido da semana é Segunda-Feira e meu número de sorte é 14.
Às vezes sou uma criança de 6 anos e outras ainda uma velhinha de 80.
Eu não me importo de ter uma rotina e na verdade as mudanças não me agradam muito.
Eu sou alguém que tem muitos sonhos e uma mente fértil demais. Que viaja pra longe com muita facilidade. (Eu tenho desvio de atenção).
Mas no fim das contas eu sou alguém que não é tão difícil assim de lidar depois que se aprende o jeito de tratar-me.
Eu sou só mais alguém que tem muitas vontades e a esperança de colocar todas elas em pratica. 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

I do believe!

Acreditar é algo que faz parte daquilo que me compõe.
Aqueles que acreditam, sempre tem forças para lutar por suas aspirações.
Acreditar nos dá uma energia sobrenatural. Nos move, nos impulsiona a arriscar, nunca desistir e continuar tentando.
Acreditar é parte da vida dos sonhadores. E é exatamente porque eles sonham que eles acreditam.
E eu acredito.
Eu creio que se eu quiser, eu consigo.
Eu acredito que sempre terei forças pra lutar e nunca desistir.
Eu acredito na vida, aposto nela e muito mais em mim.
Eu acredito nos meus sonhos e faço o que posso para que eles se tornem reais.
E de todas as coisas que digo que deixei de acreditar, na verdade eu continuo acreditando.
Porque não pode haver descrença onde a fé nunca existiu.
E eu acredito!
E grito ao mundo todos os dias as minhas verdades.
Algumas insanas, outras sem nexo e outras ainda que despertam a crença de outras pessoas.
Foi assim que sempre alcancei aquilo que me despertava o desejo de posse.
E não vai ser agora que vou deixar de acreditar.
I do believe!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Malas prontas, é hora de partir!

Olhei pela ultima vez o quarto que por 18 anos me acolheu.
Bons momentos passei ali. Muitas lágrimas a escuridão dele abrigou.
O choro sufocado por horas a fio que somente suas paredes conheceram.
A janela que dá para a rua, o cabideiro com algumas peças que optei por deixar, a coleção de anjos no rack desfalcada - sem o primeiro "Rafael", a cama arrumada, no guarda roupa coisas que um dia voltarei para buscar, o computador sendo desligado pela ultima vez. 
A coleção de livros que tirei do armário, no dia anterior quando todos estavam no trabalho, agora organizada da melhor maneira possível na mala maior.
Roupas? Não levarei todas, mas o necessário para me manter por uma semana ou duas.
A caixa de recordações está na mala, não poderia de forma alguma deixá-la para trás. Nela levo fotos e lembranças de todos que me são queridos, a última adicionada foi a foto de meu querido pai.
É muito difícil deixá-lo, sei que ele não vai entender, mas devo fazer o que é preciso.
Deixei uma carta sobre a mesa. Ele a verá assim que chegar em casa. Chorará eu sei, assim como eu também estarei chorando quando minha mente retratar a imagem.
Ela não está em casa, só retornará de sua viagem na segunda-feira. Não imagino como possa reagir. Talvez retorne no domingo, assim que papai entrar em contato com ela.
Não deixo pistas de meu destino.
Vou com o coração na mão, mas tenho pressa.
Saio do quarto, deixo as malas na porta.
Olho agora o quintal. O sol está se pondo. Quantas brincadeiras ficaram ali. Agora não resta muito das arvores que outrora ali jaziam. Só o pé de goiaba, o de manga e o de mamão. A casa dos fundos está vazia, os inquilinos ainda não chegaram do trabalho.
Confiro os cadeados. Fecho a porta da cozinha.
Levarei a chave de casa. Não quero romper o laço que temos de uma só vez.
Tudo pronto. O táxi acaba de chegar.
É véspera de feriado, minha saída não parecerá uma fuga.
Digo adeus aos cômodos que sempre me protegeram.
Fecho a porta e o portão.
São 18h.
Entro no táxi e por sua janela vejo a cidade passar.
Meu bairro querido, as casas de meus amigos, o terminal, a estação de trem, a rodoviária, a universidade.
Chegamos por fim ao aeroporto. Um frio e um medo me consomem. Não posso desistir.
Queria que ele estivesse aqui comigo. Meu amigo que sempre me amparou nas horas difíceis. Não pude ao menos lhe dizer adeus. Se o fizesse ele tentaria me persuadir a não partir.
Tantas pessoas por perto e tudo o que eu sinto é solidão.
Cheguei praticamente na hora do embarque. Não queria ter tempo para pensar em desistir.
Faço o check-in e me dirijo ao salão de embarque. Agora não tem mais volta, em meia hora partirei.
Um novo estado, uma nova cidade, uma nova vida.
Isolada do mundo que conheço, mas aprendendo a caminhar com minhas próprias pernas e evitando dores de cabeça àquela que sempre me culpou por todos os seus tormentos.
Olho pela vidraça. Muitos aviões ali se preparam para partir e muitos chegam.
Vejo reencontro de famílias e despedidas.
Queria que tudo pudesse ser diferente e eles estivessem aqui para me dizer adeus.
Queria poder abraçá-los e dizer o quanto os amo e o quanto são importante para mim.
Me lembro de meu "filho". Meu bebê amado. Perderei parte de seu crescimento agora. Mais do que já perdi nesses 6 anos. Quando o verei novamente? Provavelmente já será um homem. 
Espero que ele não me esqueça. O amo com todo o meu coração. Ele não saiu de minhas entranhas, mas é como se pertencesse a mim de alguma forma.
Meu coração aperta. Não verei mais o meu mais novo salvador. Aquele com quem compartilho os melhores momentos do meu dia e as madrugadas.
Espero que ele possa me perdoar por isso. Perdoar-me por ter mentido. 
Ele não me deixaria ir.
A chamada de embarque começa. De passagem em mãos entro na fila.
Passagem conferida, sigo para o avião. Em 15 minutos levantaremos vôo.
Procuro meu acento. Janela, com toda certeza. Me ajeito e ponho o cinto.
Os passageiros seguem com o embarque. 10 minutos mais tarde, as portas se fecham.
Tudo pronto, vamos partir. O comandante nos dá as boas-vindas.
O avião é puxado para trás. Nos encaminhamos para a pista.
Sinto o famoso frio na barriga. Estamos subindo. 
Olho pela janela, o céu coroado de estrelas.
Faço um pedido a Lua:
- Que todos possam me perdoar por isso e que tudo dê certo.
Fecho os olhos. Serão algumas horas de viagem até meu destino.
Um sono tranqüilo se apossa de mim. Mesmo com o coração em pedaços, a coragem não me deixa desanimar.
Agora só me resta lutar e acreditar.


Continua em: 
Minha nova vida

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Palavras de um Passado Meu

É do conhecimento de todos vocês que, assim como as estrelas, as árvores e as flores, eu também amo as PALAVRAS.
Gosto de escrever e me fascina registrar tudo que acontece em minha vida, seja quando estou feliz ou quando não estou bem.
Os registros tem uma função muito importante em minha personalidade. Mostram-me quem sou e a imagem que tenho de mim como pessoa.
Gosto de guardá-los para lê-los no futuro, seja ele próximo ou distante. Tudo que escrevo, depois de certo tempo, me inspira a continuar ou até mesmo revela-me o quanto mudei ou o que ainda há para mudar.
E foi olhando muitos destes meus "escritos" que percebi:
- Durante 4 anos me escondi sob uma máscara, algo que impedia que eu fosse a Juliana que todos conhecem, a Ju, aquela que sorri pelo simples fato de estar viva, aquela que é amante da natureza e é inspirada por ela em todos os seus feitos.
Mesmo odiando as mariposas, nesse ponto tenho que comparar-me a elas.
Mariposas nascem larvas e precisam ficar no casulo antes de se tornarem terríveis "Bruxas".
A máscara que eu usava era meu casulo.
Eu precisava crescer, amadurecer, e ao mesmo tempo, encontrar-me de novo no meio de todo o caos que vivia. Precisava encontrar a Juliana verdadeira, que se perdeu dois anos antes dessa fase de maturação.
Foi uma fase difícil, tinha poucos com quem contar e na verdade, por ser reservista demais, não queria envolvê-los diretamente nos meus problemas. Aquilo era algo que eu precisava vencer sozinha. Tinha que descobrir meus próprios meios de lidar com aquela situação que me afligia e fazia com que eu perdesse toda minha essência.
A primeira mudança, é claro, começou no visual. 
Deixei de lado o meu lindo cabelo comprido e adotei um estilo diferente (criado por mim mesma). Mudei também minha postura, eu não podia demonstrar minha fragilidade em relação ao objeto de toda minha tormenta. Falava abertamente sobre o assunto, sempre tendo em mente que "o que ficou para trás, agora faz parte do passado" e você Juliana é uma nova pessoa.
Como todos que querem se livrar de um amor mal resolvido, eu me dediquei ao trabalho e ao estudo, e me permiti ser feliz desse modo, vivendo para trabalhar e estudar. Não que eu não me apaixonei por alguém nesse tempo, até porque sou um ser apaixonado, então paixão é parte de mim. Contudo, eu me permiti curtir a minha solidão sozinha. Não queria me envolver pois não confiava nos homens e muito menos em mim mesma, eu não queria me iludir uma vez mais.
Mas como acabei de dizer, eu sou um ser de paixões, e elas me perseguem onde quer que eu vá.
E nesses 4 anos, eu me apaixonei demais.
É claro que minha dedicação maior sempre foi dele. Mas meu coração não deixava de sentir algo pelos outros.
Ele era minha obsessão, minha doença. Aquilo que eu nunca quis que houvesse uma cura.
Mas os outros eram como a natureza a minha volta, e eu os admirava com a mesma intensidade que dedicava à natureza.
Eles eram o que me movia, o que me dava vida em meio ao sofrimento.
Muitos deles nunca chegaram a saber que eu os amava (sim aquilo de certa forma era amor, verdadeiro e sincero, só não era o mais forte de todos) e creio que se soubessem não faria tanta diferença. Todavia os que souberam, escolhiam entre aceitar minha devoção ou não.
Alguns se tornaram amigos, outros se afastaram, outros ainda passaram um tempo ao meu lado, cuidando de mim e me mimando.
Assim eu ganhava forças, mas a noite era a vilã de todos os meus filmes de ação.
Eu me tornei uma pessoa forte, porém, como optei por viver a minha dor sozinha, era à noite que a máscara era deixada de lado e eu me permitia sofrer, chorar minhas mágoas, viver a sentença a qual eu mesma me condenei.
E as palavras sempre me acompanhavam nesses momentos de fraqueza. Me ajudavam a colocar para fora o sentimento guardado, que somente eu conhecia.
E foi olhando essas palavras que percebi:
- Finalmente deixei o casulo. A Juliana está de volta.
Consigo reconhecer a mim mesma quando olho no espelho. O sorriso que todos podem ver agora é o meu, a alegria de estar vivo é a minha, o jeito moleca de ser é o meu.
Demorou muito tempo, eu sei, mas eu estou de volta. Aquela que todos sempre amaram e que muitos nunca chegaram a conhecer.
E quem me conheceu depois de Abril de 2006 diz que eu estou mudando. A estes eu sempre digo:
- Não estou mudando, apenas volto a ser o que já fui um dia. A boa e velha Juliana. Aquela que é engraçada, faz piada de tudo e todos adoram.
Não que eu não os tenha alertado. Me recordo de sempre dizer as amigas da faculdade:
- Vocês deviam ter conhecido a Juliana, essa que está com vocês não sou eu. Mas fico feliz que gostem dela e a aceitem como ela é. Espero que possam conhecer a verdadeira Juliana algum dia.
E finalmente esse dia chegou. Tá, tem alguns meses já, que o dia chegou.
Como sou boa com as datas, posso dizer que a volta se deu em Junho de 2010.
Foi o mês no qual eu me permiti chorar por ele pela ultima vez. Mas não era um choro de dor ou sofrimento. Era a felicidade voltando a minha vida. Era a libertação, a cura para uma doença que a muito estava comigo.
E hoje, 11 de Janeiro de 2011, registro aqui mais uma página de minha história. Página que compartilho com vocês, pessoas queridas. Eu voltei. Eu sobrevivi à tempestade. Demorou, mas eu agora sou Juliana outra vez.
E me alegra saber que vocês, pessoas maravilhosas do meu dia (adoro chamá-los assim) gostam de mim como eu sou, e o melhor, é que vocês dizem que preferem esta "nova Juliana" a antiga.
Agora vocês sabem que, na verdade, preferem à antiga Juliana a "nova".
Peço perdão por ter me escondido de vocês por tanto tempo, peço perdão por parecer falsa e fechada muitas vezes, por parecer não confiar em vocês ou parecer estranha e complicada demais.
Eu estava amadurecendo. E agora voltei para ficar como sempre fui.
A boa e velha Juliana. Aquela que se pudesse mudaria o mundo. Teria a própria floresta e uma casa de campo gigante para receber todos os amigos de uma só vez, perto de uma lagoa e com um pasto (sem vacas), mas com um carvalho no meio para que pudesse sentar e escrever os mais belos versos, ou apenas desabafar, ou mais ainda, registrar aquilo que se passa em sua vida.
Alguém que se inspira nas estrelas e as ama com todo coração.
Alguém que é feliz apenas pelo fato de ter uma imaginação que a permite viajar.
Que tem seu próprio "Mundo Azul" onde tudo pode e está sempre a salvo.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Amores São Coisas da Vida

Me pergunto:
- Por que amamos?
Não sei quem foi o infeliz que inventou o amor, mas penso que seu propósito não ficou muito claro.
Amamos porque é parte do que nos constitui nos dedicarmos ao outro. Cuidá-lo, respeitá-lo, admirá-lo, suprir suas necessidades.
Amamos porque fomos amados primeiro. Deus nos amou e nos deu um lar, o ventre de nossas geradoras. E nos amando ainda mais, Deus nos deu uma mãe, que cuida de nós e nos ama.
E creio que de Deus também veio o amor entre o homem e a mulher.
Então volto a me questionar:
- Por que amamos?
Amamos porque vemos no outro aquilo que nos completa, porque encontramos nele a fonte para a felicidade.
Amamos porque mesmo sendo imperfeitos, fazemos dos defeitos coisas para se admirar.
Se tudo se encaixa como na mais perfeita engrenagem, tento responder a mais uma questão:
- Se tudo é tão complexo e mesmo assim se encaixa e funciona tão bem, por que deixamos de amar?
E por resposta, percebi que:
- Amores são coisas da vida, algo que não se pode controlar, e menos ainda, manipular.
Não se fabrica o amor e não se pode comprá-lo.
Ele tem vida própria, é e deixa de ser quando bem entende.
Deixamos de amar porque o encanto se quebra, encontra outro Apolo ao qual se inspirar e depositar sua devoção.
Deixamos de amar porque o amor não tem amarras, abandonou sua âncora há tempos e é um navio que não se cansa de navegar, por isso não se fixa em um único porto.
E me arriscaria a dizer por último que:
- Deixamos de amar porque o amor é sem razão e não há como explicá-lo, moldá-lo... apenas senti-lo.