Agosto de 2004
O despertador toca às 5h30 da manhã, dia de aula, 2º ano E (diga-se de passagem a melhor turma).
Abro meus olhos, faço uma oração, rolo da cama (eu tenho mania de fazer isso), começam os desastres.
1) Rolei da cama e quando fui olhar como tava a rua, da janela, bati com o joelho na gaveta que estava aberta.
2) Não bastando isso, bati com o dedinho do pé direito na beirada da cama (contí todos os palavrões possíveis).
Tomei banho, fui a padaria, tomei café, meus remédios (nessa época, eu tomava-os pela manhã), fui pro ponto esperar o ESCOLAR.
O ônibus passava por volta das 6h40. Chegávamos a escola, pontualmente às 7h.
Eu sempre chegava na escola "pilhada", animação total.
Tinha começado a fazer uso daqueles medicamentos fazia pouco tempo.
[PS: Pra quem não sabe, eu tenho esclerodermia localizada no joelho esquerdo (ou seja, eu só tenho UM joelho que presta), já fiz cirurgia e graças a Deus e a equipe do Dr. Cícero Ricardo Gomes e do Dr. Álvaro Massao Nomura da Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor - Brasília DF, eu sou uma pessoa normal. Tenho que tomar esses medicamentos para evitar complicações no meu quadro clínico)].
Por volta das 7h20 era sempre fatal... O sono me dominava, eu não conseguia ficar de olhos abertos.
Dormia a primeira e a segunda aula, depois tudo voltava ao normal.
Com o passar do tempo, parei de tomar essas "porcarias" pela manhã (eu odeio tomar remédio #fato!), mas o efeito nunca mais passou. O estrago já estava feito.
E toda semana é sempre a mesma coisa, tem sempre um dia que solto as famosas frases:
"Meu cérebro não funciona hoje."
"Esse dia é o pior dia da semana."
"Dá um desconto, hoje eu não tô normal."
É sempre assim, é o pior dia da semana pra mim.
Eu não consigo pensar, eu sobrevivo porque alguém toma conta de mim.
Eu sou a pessoa mais lerda do mundo nesse dia.
Eu durmo de olhos abertos e fico viajando o tempo todo. Meu desvio de atenção fica mais que aguçado.
São as malditas Terças-feiras.
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