Sentada na areia, ela observava o mar.
Nunca fora sua grande paixão. Amava as estrelas.
Mas era a paixão DELE. Ele sempre amou o mar.
E estar perto do mar fazia com que ela o sentisse por perto.
Como queria que tudo fosse diferente.
Que ele não tivesse nunca que partir.
Mas a vida havia sido cruel com eles mais uma vez.
Testando toda força daquele amor.
Não tinha mais lágrimas para chorar.
Fazia 4 meses que ele não voltava para "casa".
Sim, ele não morava mais em frente a sua casa. Não era mais seu vizinho. Não podia esperar que a qualquer momento batesse a sua porta.
Deixou a brisa vespertina a tocar.
Era como um abraço dele.
Por que será que o destino quis assim? Sabia que tudo era parte da profissão dele, que as viagens eram inevitáveis, mas não conseguia suportar a dor.
Despedidas sempre lhe partiam o coração, mas ele sempre insistia em tê-la por perto no aeroporto.
E aquelas cenas nunca deixavam a mente dela, eram sempre momentos dolorosos.
Fazia de tudo pra conter o choro, mas sempre desabava, e ele também não deixava de seguir por esse caminho.
Ela não iria mais viver daquela forma.
Havia se decidido.
Iria para junto dele!
Sabia que a mãe não concordaria, o pai arrancaria seu fígado, mas assim que entrasse de férias, iria encontrá-lo e com ele ficaria.
Amava os pais, mais que a si mesma. Mas ele era tudo em sua vida.
Se jogou no mar. Reviveu o velho passatempo de criança.
Já estava pronta para a bronca que levaria quando chegasse em casa ensopada.
Não se importava mais.
Naquele momento só o que queria era viver.
E prometeu a si mesma, perante o mar que ele amava e a estrelas que surgiam no céu.
Aquele amor ninguém haveria de impedir.
Postagem mais que exclusiva.
ResponderExcluirParte das reflexões de Jully, umas das personagens principais do "Livro" 'Uma história de amor que sobreviveu a tudo'.
É, diz eu que tô escrevendo um livro.
#ProntoReveleiOSegredo!