terça-feira, 14 de junho de 2011

14 de Junho de 2005

I) Introdução e Justificativa


Existem inúmeras maneiras de lidar com os conflitos internos que nunca deixam a mente de uma pessoa quieta. Levemos em consideração os seguintes perfis:
1)Pessoas com predisposição a aceitar ajuda médica, procuram um analista.
2)Pessoas bem resolvidas, passam por um rápido processo de recuperação chamado: "Cai, Levantei e Segui em Frente".
3)Pessoas reservistas, guardam seus dilemas para si mesmas, ou ainda, contam para seus diários, ou simplesmente passam anos "martelando" possíveis soluções para tais dilemas.
4)Pessoas reservistas e com mania de utilizarem a escrita como meio de extravasar suas frustrações, escrevem livros, teses e antíteses sobre como lidar com os problemas relacionados a decepções.
É difícil dizer em qual desses perfis eu me encaixo, mas creio que optaria por classificar-me entre 3 e 4, sendo 4, o que mais encaixaria com o modo com o qual lido com determinadas situações.
Meu objetivo aqui é expressar-me sobre algo que ainda vaga pela minha mente. Datas que são impossíveis de serem esquecidas pelo simples fato de marcarem uma época em que eu era uma pessoa diferente e minha visão de perfeição também diferia do que é agora.


II) Teoria da Repetição Indevida, Causadora de Danos Irreparáveis


Uma vez no Inferno, não há uma maneira existente de livrar-se dele.
Quando dizem que um ciclo sempre se repetirá, não importando a distancia no tempo e no espaço que precise percorrer para que isso aconteça, não estão de "gozação com a sua cara".
Eu jamais imaginava na minha vida poder um dia afirmar que eu vivi o que denominamos em inglês: Revival.
De acordo com O Dicionário pode definir revival como:
→ Ressurgência de um estado de espírito do passado.
Indo além do significado já atribuído a palavra, definirei revival como:
→ Seqüência de datas distintas, que podem repetir-se em diferentes anos, porém nos mesmos dias da semana.
Ex: 14 de Junho de 2005 (Terça-feira) = 14 de Junho de 2011 (Terça-feira).
Existem datas na vida das pessoas que marcam sua existência por alguma razão. Se o ocorrido neste determinado dia foi um fato "positivo", será lembrado por quem sofreu a ação como algo bom.
Se o ocorrido neste dia foi um fato "negativo", será também lembrado como tal.
Em tese, esta teoria se aplica de forma inquestionável. Contudo, na pratica, tudo depende das conseqüências impostas por tais fatos, tudo depende do desfecho de cada situação.
Se a situação analisada tem uma final coerente com as expectativas dos praticantes da ação, logo as conseqüências não causaram nenhum dano a quem se lembra da data do fato ocorrido. Entretanto, se o que acontece é o inverso, se o desfecho da situação não corresponde às expectativas, logo as conseqüências da memória de tal data, causarão a quem recorda, danos irreparáveis.


III) Deveria o cérebro ter um dispositivo que permitisse ao seu "administrador" uma formatação completa dos dados?


Ao menor sinal de que um "revival" está próximo de acontecer, o cérebro deveria disponibilizar ao seu "administrador" um dispositivo que permitisse a formatação completa dos dados, a fim de que o "administrador" pudesse evitar possíveis situações de conflito com si próprio em vista da memória de determinado fato.
O que acontece na verdade é que o cérebro não possui um "administrador" e sim, é ele o responsável pelo comando das ações, reações, emoções, dilemas de um indivíduo.
Seria portanto necessário criar maneiras com as quais os indivíduos pudessem burlar estes sistemas e tornarem-se eles os "comandantes" de suas reações principalmente e não o cérebro.


IV) Considerações Finais


Todo esse papo sobre datas, revivals, quem comanda o cérebro ou quem é comandado por ele; é na verdade, um disfarce para algo que vai além da compreensão superficial.
Aquele velho papo de:
"Só conhece a dor quem a sente".
"Só eu sei o que eu passei".
"Há coisas que nem o tempo é capaz de apagar".
O que quero dizer com tudo isso é que:
2011, assim como 2010, é o ano de minha ruína, só que na parte II do processo.
2010 é exatamente igual em datas a 2004, sendo 2011 proporcional a 2005.
14 de Junho 2005, foi o dia do recomeçar.  O dia em que sentei naquele banco na praça e dialogamos sobre o que fazer.
O dia em que decisões, que mudaram o curso dos fatos, foram tomadas e aceitas por ambas as partes que as discutiram.
14 de Junho é só um dia depois de 13 de Junho; outro dia que jamais será apagado do livro de minhas memórias. Sejam as conseqüências/marcas, de tudo o que foi vivido, boas ou ruins.


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