Há dias meu coração bate acelerado quando você está por perto.
Minha respiração se faz dificultada, minhas mãos suam.
Quando teu olhar encontra o meu, uma corrente elétrica se descarrega em meu corpo.
Meus sonhos me deixam confusa, não sei se estou acordada ou não.
Pensamentos, devaneios, delírios: em tudo você está presente.
Um fantasma, uma sombra, uma miragem com a qual minha imaginação se deleita.
Vivo procurando uma razão para toda esta confusão que tomou conta de minha mente, mas quanto mais eu a procuro, mais ela foge do meu alcance.
O que vi em você eu não encontrei em mais ninguém, e o mais impressionante é que és tão diferente dos que geralmente me agradam.
Essa minha vontade de você muito me assusta.
Me pergunto todas as manhãs quando isso vai passar, mas no fim do dia, quando vou dormir, eu só peço que tudo seja igual no dia seguinte.
Quanto mais você me machuca, mais quero que essa dor esteja comigo.
Quanto mais você se distancia, mais perto de você eu procuro estar.
Quem foi o infeliz que inventou o AMOR?
Esse sentimento que nos faz tristes e felizes como se o céu e o inferno fossem a combinação perfeita para formar o paraíso.
Sentimento que enlouquece, nos deixa doentes, embriagados pela esperança.
Sentimento que torna a confusão algo obvio e simples.
Nos faz viver e não raciocinar, nos impulsiona a voar ao invés de nos manter fixos ao chão.
Porque haveria de existir tal sentimento
Se quando não é compartilhado por duas pessoas só causa dor?
Maldito aquele que o criou. Estava bebado, não tinha consciência, tão pouco bom senso.
Mas se não há como desfazer esse erro, sejamos nós punidos com a praga chamada AMOR, enquanto ansiamos por um pouco de paz para nossos corações que amam sem medidas.
q diz luíz de Camões...
ResponderExcluirBusque Amor novas artes, novo engenho
Para matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.
porque tem q doer tanto...
Que lindo. É lindo, mas é doido. Só quem ama sabe.
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