Abriu a porta, olhou a sua volta.
Havia estado naquele apartamento tantas vezes que era como se fosse sua própria casa.
Tantos momentos vivera ali.
Cada cômodo uma lembrança, uma pequena loucura que cometera com ele.
Compartilharam risos, um filme ao entardecer, receitas que não deram tão certo e outras que de jantar serviram de sobremesa.
Ambos tinham a vida corrida, ela sabia disso quando "assinou o contrato".
Não se queixava de sua ausência, nunca pôde! Posto que ela não se fazia mais tão presente também.
Juntou as poucas peças suas que havia no armário, na maleta que trouxera. Aquela seria a última vez que entraria naquele quarto.
Sentou-se na cama.
Era impossível não vislumbrar as carícias de outrora.
Pôs-se de pé, de pronto!
Caminhou de volta a entrada, saiu com sua maleta. Trancou a porta e colocou a chave debaixo do tapete como de costume.
Todavia, diferente de todas as outras vezes, não mais regressaria.
Era hora de partir.
De deixar ir.
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