Naquela noite, ela só queria se divertir. Reunir as amigas, dançar, e é claro, encher a cara de tequila.
Mal sabia ela, que iria encontrar aquela paquera antiga na boate.
O combinado era que ninguém pegaria ninguém. O objetivo daquelas cinco amigas era apenas provocar.
Tinham convites VIP, o DJ era conhecido e assim que entraram foram pra pista dançar.
Ele estava no bar com os amigos. Um dos parceiros logo viu quando as meninas tomaram conta da pista dançando de forma sensual.
Ela estava de costas pro bar, e de início ele não a reconheceu.
Qual não foi sua surpresa quando ela finalmente se voltou para o lado do bar. Um sorriso safado logo brotou nos lábios dele. A oportunidade que tanto esperavam finalmente apareceu. Naquela noite, como ele mesmo sabia, não escaparia das garras dela, e na verdade, não queria fugir.
Comentou com os parceiros que conhecia uma das cinco e eles logo ficaram interessados. Optou por uma abordagem discreta. Mandou uma mensagem no Whatsapp.
"Boa noite Amore, que bom te ver por aqui."
Ela olhou a mensagem e logo começou a procurá-lo. O reconheceu no bar.
"Boa noite Amore, vem dançar comigo!"
"Porque você não vem aqui beber alguma coisa primeiro? Tô com uns amigos, você pode trazer suas amigas pra cá!"
"Huuum, não sei não! A gente combinou que hoje não ia pegar ninguém."
"Só conhecer não faz mal algum, é bom que elas façam novos amigos."
"OK."
Chamou as amigas e foi para o bar. Ele estava enfeitiçado com a sensualidade dela. Fazia tempo que não se encontram, e aquele batom tinha deixado a boca dela convidativa demais.
As meninas até gostaram dos amigos dele, mas o trato ainda estava de pé.
Era evidente a atração entre os dois, e quando as amigas resolveram voltar pra pista, ele insistiu pra que ela ficasse, o papo estava bom e ele estava disposto a não deixar aquela chance passar.
Quando finalmente ficaram sozinhos, ele segurou sua mão e falou em seu ouvido:
"Vamos sair daqui?"
Ela fez charme:
"Eu tenho um acordo com as meninas. Hoje a gente saiu pra dançar e beber."
"Essa pode ser nossa única chance, você sabe como as coisas funcionam entre nós."
"Sim, eu sei."
"Então?"
Ela ficou em silêncio, e ele acrescentou:
"Vocês estão VIP?"
"Sim."
"Vem comigo pro Lounge."
Era desleal, ela sabia. Mas a química entre eles era quase palpável.
E no Lounge, sob uma luz fraca, ela borrou o batom vermelho.
